Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:
1) Lex orandi lex credendi
(Nós oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe
grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé
se exprime na oração, já diziam os escritores cristãos dos primeiros
séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a
Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de
hinos religiosos, ao que Santo Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.
Mais
ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo propugnava a existência de
Igrejas nacionais subordinadas não ao Papa, mas ao monarca. Em
consequência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a
festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da
Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão.
Pois bem, os protestantes
têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé
protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de
assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos,
mais subjetiva e sentimental do que a católica.
2)
Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: a
Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestra... Esses temas
não podem faltar numa autêntica espiritualidade cristã.
3) Deve-se estimular a produção de cânticos católicos com base na doutrina da fé.
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