TEMPOS
E FESTAS LITÚRGICAS
Os
tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja
Católica. Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas
diferenças entre os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes
ao rito romano.
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Advento
O Advento (do
latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar
a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal.
Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de
expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo,
vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário
religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o
Natal. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte
mergulho na liturgia e na mística cristã.
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É tempo de
espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos
alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se
prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.O Advento começa às
vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as
primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse tempo
possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa
expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus
Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas
últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a
preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus
entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre
expectativa.
A liturgia do
Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais
cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a
pobreza, a conversão.
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Tempo
do Natal
Após a
celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a
Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o
Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se
fez Homem.
O tempo do
Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da
festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No
ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria,
mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.
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Tempo
da Quaresma
Quaresma,
palavra que vem do latim quadragésima, é o período de quarenta dias
que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus
Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa.
O Tempo da
Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e
oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura
cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o
"Aleluia", nem se colocam flores na Igreja, não devem ser
usados muitos instrumentos e não se canta o "Glória a Deus nas
alturas", para que as manifestações de alegria sejam expressadas
de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma
inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira
Santa.
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A Quaresma é
o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica marcam para
preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este
período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e
meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao
longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um
esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que
pretendem viver como filhos de Deus.
A Igreja
Católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de
Cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a
caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua
vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que
exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem
então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta
busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como
uma consequência da penitência.
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Tríduo
Pascal
O Tríduo
Pascal é um conjunto de três dias celebrado no Cristianismo (católico
romano), composto pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira Santa e Vigília
Pascal, véspera do Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa.
Este último dia já não faz parte do Tríduo Pascal.
O Tríduo
Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira
Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do
Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os
pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira
Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do
ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra
chamada de "Ação ou Ato Litúrgico".
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição. |
Tempo
Pascal
A Festa da
Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias
entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a
volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas
sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se
fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande
domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e
crendo firmemente na vida eterna.
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O tempo pascal é o mais forte de todo o ano, inaugurado na Vigília Pascal e celebrado durante sete semanas até Pentecostes. É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor, que passou da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja, seu Corpo, que é introduzida na Vida Nova de seu Senhor por meio do Espírito que Cristo lhe deu no dia do primeiro Pentecostes. A origem desta cinquentena remonta-se às origens do Ano litúrgico. |
Tempo
Comum
Além dos
tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta
e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua
globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de
Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem
grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas
coisas mais simples.
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É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de
Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio.
É o tempo da
Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O
Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida
entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e
de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda
parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do
cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo
no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
Não se podem
contrapor os chamados "tempos fortes" ao Tempo Comum, como se
este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da
vida normal do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a
comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos
simples da vida dos cristãos.
Duas fontes
são importantes para a espiritualidade e força do Tempo Comum: Os
Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum pode ser vivido como
prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do
Tempo Comum, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui
tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania.
Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras; No Tempo Comum temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo, imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do Tempo Comum, depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor.
O Tempo Comum
é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e
dos Santos.
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